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A história do mascote do Internacional

Saiba como o Saci foi escolhido como símbolo do clube

Por: Pedro Heiderich

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Publicado em:04/07/2025

Saci, mascote do Inter (Foto: Ricardo Duarte/SCI)Saci, mascote do Inter (Foto: Ricardo Duarte/SCI)

Hoje o Resistência Colorada traz a história do mascote do Internacional. Os mascotes são parte do futebol e trazem simbolismos, significados e folclore ao esporte, com cada clube escolhendo o que considera ter relação com sua história.

Veja como o Saci foi escolhido como símbolo do Clube do Povo e sua trajetória como mascote e a relação com torcida e jogadores.

Confira a história do mascote do Internacional.

Mascote
Saci é o mascote e símbolo do Colorado. (Foto: Divulgação/Internacional)

Em 1909 nascia o Sport Club Internacional, em Porto Alegre. No mesmo ano, a compositora Chiquinha Gonzaga escrevia a marcha “O Saci-Pererê, a primeira aparição em registro oficial do folclórico saci.

Oito anos depois, em 1917, Monteiro Lobato publicava o livro “O Saci-Pererê: resultado de um inquérito”, com depoimentos para transformar a lenda do saci em história escrita.

Conforme detalha o site do Clube do Povo, a origem do Saci vem das tribos indígenas do Sul do Brasil, especialmente na Região das Missões.

“Era uma entidade brincalhona, que aprontava travessuras e enganava viajantes. Com a chegada dos escravos africanos ao Brasil, incorporou-se à mitologia a perna única – a outra perna foi perdida “jogando capoeira”, descreve o site do Internacional.

ESCOLHIDO PELO INTER

Enquanto isso, o Internacional entrava para a história do combate ao racismo no futebol gaúcho: além de Tupan, no final dos anos 20, antes do profissionalismo, o Clube do Povo teve em 1928, o primeiro jogador negro do estado:  Dirceu Alves vestiu a camisa alvirrubra.

Na chegada dos anos 40, o Inter conquistou títulos em sequência e ganhou o apelido de Rolo Compressor. Foi nesta época em que o saci foi escolhido pelo Inter para ser o mascote do clube.

Saci é associado ao Internacional desde a década de 40. (Foto: Divulgação/Internacional)

A figura do jovem malandro, que apronta travessuras e chega em redemoinhos e engana os adversários com dribles e travessuras, foi diretamente associada ao Internacional.

O mascote fez sucesso e a segunda revista do Inter foi publicada em 1960 com o nome O Sacy, e o personagem do folclore brasileiro trajado com o uniforme do Clube do Povo.

Segunda revista da história do Clube do Povo levou o nome de “O Sacy” com referências ao mascote. (Foto: Divulgação/Internacional)

A segunda revista do Internacional, publicada em 1960, tinha como nome “O Sacy” – e a figura estava presente nos cartuns, nas flâmulas e até em pequenas estatuetas que o clube entregava aos seus atletas de destaque.

O mascote ficou enraizado na trajetória do Inter e diretamente ligado ao time. O clube fez do saci uma figura presente em diversos formatos e mídias, ressaltando o simbolismo do mascote.

Na campanha da Libertadores de 2006, o saci entrou em campo: teve homenagem ao mascote na comemoração de gol do atacante Renteria. E deu sorte: o Clube do Povo foi campeão da competição e logo depois do Mundial de Clubes.

 

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Renteria homenageia saci em gol na Libertadores de 2006: deu sorte. (Foto: Divulgação/Internacional)

No ano de 2016, a diretoria do Internacional oficializou o saci como mascote do time, o que ainda não tinha sido feito de forma documentada até então.

Saci foi oficializado como mascote do Internacional em 2016. (Foto: Divulgação/Internacional)

Mas o guri do gorro vermelho, que representa a cultura irreverente e alegre do Colorado, é parte importante do Internacional há décadas, desde os tempos de Rolo Compressor.


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