Ex-lateral-esquerdo do Internacional, Fabrício está oficialmente sem clube. Após passagem frustrada pelo Água Santa, onde foi anunciado no fim de 2019 com grande expectativa, disputou apenas 62 minutos no estadual e teve sua rescisão publicada no BID da CBF nessa sexta-feira (21).
Um dos momentos mais bizarros da história recente do Inter é o ataque de fúria de Fabrício. Em 1º de abril de 2015, o canhoto explodiu com as críticas da torcida no Beira-Rio, xingou os torcedores, fez gestos obscenos, jogou no chão a camisa vermelha e foi expulso. O lateral se diz arrependido.
“Fiz merda, uma grande merda. Eu nem perdi a bola. Eles (torcedores) chiaram e fiz os gestos no momento. Eu ia bater a lateral e veio a expulsão. Quando estava saindo, chegam Juan, Jorge Henrique. Eu só ia tirar a camisa, estava sem graça. Aí já tinha feito a merda. A camisa caiu e o pessoal ficou chateado, mas eu nunca imaginei em jogar a camisa no chão. Eu perdi a cabeça”, relata o jogador em entrevista ao site do Globo Esporte.
Fabrício contou como foram os momentos depois que deixou o gramado.
“Fiquei um pouco no vestiário, falei com o vice (Carlos Pellegrini) e o presidente (Vitorio Piffero). Depois cheguei ao aeroporto. Minha esposa estava no estádio com minha filha e tentamos embarcar, mas não tinha voo para São Paulo e retornei para casa. O Dida, Rafael Moura, Juan, D’Ale me ligaram para ver a situação e foi uma galerinha lá em casa. Ficamos um bom tempo conversando. Falei que ia embora e voltava na segunda. Foi bastante gente, umas 10 pessoas, D’Ale, Rafa, Dida, Alex, Alan (Patrick), Jorge (Henrique), uma galera boa. Conversamos muito. Era para eu retornar na segunda. Ali decidimos não continuar. E só voltei para jogar no Beira-Rio contra quando estava no Palmeiras. Eu lembro de tudo. Isso é algo que você não deve fazer. O Inter abriu as portas para mim. O clube que fui mais feliz. Eu fiz aquilo com o Inter e é deselegante para minha pessoa.”