COLUNA POPULAR – Conmebol erra em final única da Libertadores

Principal competição de clubes do continente copiou a fórmula da Europa, mas nem tudo que é bom lá pode ser bom aqui

O Palmeiras foi campeão da Libertadores nesse sábado (30), sobre o Santos no Maracanã. Foi legal, palco histórico recebendo o jogo decisivo. Porém, a Conmebol erra em decidir que a final da competição é definida em jogo único, em estádio neutro.

Obviamente o futebol europeu é o exemplo a ser seguido. No entanto, nem tudo que acontece por lá, por ser sucesso lá, pode ser realizado em outros lugares com o mesmo êxito. Lá tu pegas um trem e vai para tudo que é lugar, diferente do nosso continente que, se não quiser dar uma de louco e ficar dias na estrada, a única opção é a nossa questionável malha aérea.

Há características do nosso continente que são até charmosas. Você enfrentar o Olimpia no Defensores del Chaco, encarar o Boca na Bombonera. Transformar a final em jogo único é esquecer nossas características e elitizar o futebol. E elitizar no seu maior sentido literal.

Outro dia estava trocando tuítes com Gabriel Lemos, jornalista que escreve no site Revista Colorada. Na opinião dele o evento em si com jogo único se tornou mais atrativo. Eu até concordo de certo modo, mas e o pobre, onde fica nesta história?

Só o rico teria condição de acompanhar o Inter em Lima, La Paz. Aí vem o questionamento que mesmo em um jogo na Capital gaúcha o ingresso seria caro. Com certeza seria. Entretanto, se dá um jeito, vende a bicicleta, faz um bico de garçom, qualquer coisa. É alcançável. Já viajar, se hospedar e mais a entrada fica inviável para o cidadão mais humilde.

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