
Na noite de ontem (12), o ex-presidente do Conselho Deliberativo (CD), Sergio Juchem, falou sobre a política interna do Colorado na sua participação no programa Cadeira Cativa, na Masper TV. Advogado, é conselheiro vitalício do clube e pai do atual presidente do CD, Gustavo Juchem. Ao apresentador Luiz Carlos Reche, explicou sobre o racha no clube e sugeriu uma via única para a próxima eleição do Internacional, impedindo que o sócio tivesse o direito de decidir quem estaria no comando no próximo período.
Tudo inicia com um assunto que tem reverberado bastante nas redes sociais, que é a análise das finanças do clube por parte de uma comissão formada pela oposição ao presidente Alessandro Barcellos. Em um caso extremo, pede-se o impeachment do atual mandatário do clube. O objeto a ser analisado seria uma possível “gestão temerária” em relação aos investimentos do valor obtido pelo Inter via Liga Forte União. A situação explicita o racha que existe atualmente no CD, já que o projeto das debêntures, que seria discutido e votado na reta final de 2024, foi adiado para que se debata o impeachment de Barcellos.
Dito isso, Juchem sugeriu que lideranças do Conselho passassem por cima da eleição do sócio e decidissem quem seria o próximo presidente, sem necessariamente existir pleito, já que seria candidato único. O ex-presidente do CD alegou que, assim, haveria uma união dentro do clube e os conflitos parariam. “Reúnam os grandes líderes do clube, escolham o novo presidente, de preferência uma chapa de coalizão, se escolhe uma nova administração e vamos cuidar do Internacional. E deixar de lado as divergências”, disse, dando a entender que prefere que o conselho decida o próximo presidente do que necessariamente abrir para o processo democrático.
“Se compõe uma nova chapa, que já tá pré-eleita e essa chapa vai cuidar das debêntures, vai cuidar do que tem que fazer e o clube vai trabalhar nesse sentido. Tem que parar de dividir, somar”, alegou Juchem, dando a entender também que as debêntures devem ser debatidas apenas numa próxima gestão.
Sergio Juchem finalizou sua fala criticando uma ala do Conselho Deliberativo que não quer debater as debêntures, pois daria dinheiro para a gestão Barcellos, que teria mais possibilidade de eleger seu sucessor. “Se acabar com isso que o professor acabou de expor: ‘eu não vou aprovar debênture, eu não vou dar dinheiro para o Alessandro eleger o sucessor dele’ e assim nós não vamos a lugar nenhum. Vamos escolher a nova administração do clube, tem gente boa e essa administração vai trabalhar pelo clube. O Alessandro continua presidindo, mas não vai mais ter essa disputa fratricida que só nos prejudica”, completou, sinalizando que não tem nada contra o presidente Alessandro Barcellos, mas querendo impor uma nova forma de governar o clube, ressaltando uma coalizão e ao mesmo tempo querendo tirar o poder de quem está eleito.
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Por conta da melancólica, deprimente e ultrajante data Fifa, o Internacional só volta a campo em 21 de novembro, uma quinta-feira às 20h, quando encara o Vasco, no estádio São Januário, no Rio de Janeiro. O Colorado provavelmente terá o retorno de Fernando, recuperado de lesão na panturrilha, e certamente o de Wesley, que estava suspenso. Devido ao terceiro cartão amarelo, Bruno Gomes e Bernabei estão fora da partida.