O jornalista Thiago Suman em suas redes sociais há semanas faz publicações onde denuncia o diretor do Inter Magrão. O repórter publica o que na visão dele são provas de que o dirigente teve interesse pessoal e não profissional na ascensão do centroavante Lucca Drummond e publicou também que Magrão contrataria o próprio filho, um jovem jogador, para o Inter. Nas últimas horas o dirigente foi à Polícia Civil contra o jornalista. Veja abaixo a publicação de Suman:
“MAGRÃO FOI À POLÍCIA CIVIL ALEGANDO QUE O DIFAMEI
O Diretor de futebol colorado, Magrão, registrou ocorrência policial contra mim, em claro e flagrante assédio judicial (postura comum entre aqueles que querem silenciar o jornalismo).
Posto abaixo provas que desmentem alegações do diretor colorado:
Em um dos trechos do depoimento, Magrão diz que recebeu vídeos compartilhados por mim com criticas e suspeitas ao seu trabalho, destacando que o declarante teria sido o responsável pela contratação do jogador Lucca Drummond após suposta reprovação deste nos testes da base.
1. Crítica não é difamação!
2. Magrão mesmo admtiu em sua nota que é responsavel pela contratação do jogador.
3. Tenho print de conversa sobre essa negociação entre Magrão e o empresário.
4. Tenho conversa em que Grossi disse que não aprovou o jogador.
5. Tenho uma fonte que alega que há até documento que comprova a reprovação.
Em outro trecho, Magrão alega que o difamei e acusei de ter mentido e que desde 2019 nunca mais atuou como empresário de futebol.
Ele destaca a reportagem relacionada à venda do atleta “Leo Chu”, do Grêmio, para o clube norteamericano “Seattle”. Ele declarou que nunca foi e não é empresário do referido atleta.
1. trecho anexo do contrato assinado por Magrão como intermediário dessa venda (e junto dele, Daniel Almeida, advogado de André Pivetti).
2. Contrato informa que intermediário recebeu comissão pelo negócio
3. Conversas com Carlos Amodeu (jurídico do Grêmio) e Romildo Bolzan Jr (presidente do Grêmio) confirma a veracidade dos dados que apresento no documento.
Depois, ele alega que nunca mais atuou como empresário de futebol desde 2019 (reafirmou para a polícia aquilo que já havia dito na chegada ao Inter). Diz também que ser chamado de mentiroso teve sua imagem difamada perante o clube e a torcida que representa, e que essas declarações difamatórias insinuam que o declarante possui atuação dupla, como Diretor e empresário.
1. Importante deixar claro: na matéria não aponto Magrão como atualmente empresário em nenhum momento, e sim questiono sua relação com empresários Michel Reynolds e André Pivetti.
2. Afirmo que ele mantém ativas duas empresas de agenciamento.
3. André Pivetti confirma nesse trecho que Magrão PRESTAVA SERVIÇOS para sua empresa de agenciamento de atletas após 2019 (Magrão confirma ao GE que seguiu “auxiliando esses empresários”).
4. dois meses antes de assumir o Inter, Magrão esteve em reunião fechada junto de Pivetti e dirigentes do Vasco, negociando atleta. E depois dele assumir cargo no Inter, o mesmo jogador foi indicado por Pivetti ao colorado.
Logo, Magrão tem frágeis alegações que são confrontadas com diversas provas e não pode usar da justiça e da polícia para assediar jornalistas, isso é um escárnio contra a democracia.
Comentei com o presidente Alessandro Barcellos sobre a gravidade de um Diretor do clube perseguir o jornalismo e ele entende que não tem relação com o Inter, mas sim ser um caso privado. Magrão é alvo da matéria pelo cargo que ocupa no Inter e reivindica esse cargo na queixa-crime, logo tem relação clara com o clube.”
AQUI tem matéria do Globo Esporte onde Magrão dá sua versão sobre as denúncias do jornalista.