“Isso tem um limite”: presidente da FGF repercute após tentativa do Grêmio de condicionamento de arbitragem

Presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman concedeu entrevista para a rádio Grenal na manhã dessa segunda-feira (18) e comentou sobre as tentativas de condicionamento de arbitragem de dirigentes gremistas que está acontecendo no Campeonato Gaúcho de 2024.

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, afirmou em publicação em seu perfil oficial que o time seguirá lutando “contra tudo e todos” e citou  “arbitragem mais uma vez ruim”.

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O técnico Renato Portaluppi, após vitória do Grêmio sobre o Caxias, afirmou que entre os clubes grandes do estadual o time tricolor é o único prejudicado pela arbitragem.

“Por enquanto, estou calado. Eu não vou falar. Todo mundo viu o lance do gol do Caxias. Poderíamos ter saído com uma vantagem maior. O Grêmio, no estadual, dos clubes grandes, é o único prejudicado nas partidas.”

O vice-presidente de Futebol do Grêmio, Antônio Brum, foi outro que reclamou da arbitragem e ainda foi além, afirmou que estão tentando tirar o título do clube dele na “mão grande”.

“Quero deixar claro para o torcedor que não vamos deixar que tirem o campeonato do Grêmio na mão grande. O que aconteceu no Grenal foi um escândalo. Podemos até perder o título dentro de campo, mas não fora dele”,  afirmou.

O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, se manifestou antes do empate com o Juventude e criticou o posicionamento das reclamações sistemáticas do Grêmio.

“O problema não é reclamar porque erros acontecem. O problema é fazer isso sistemáticamente, sem nenhum critério, a cada jogo aumentam a pressão. O Grêmio está pressionando a arbitragem. Faz umas sete rodadas que estão questionando o Campeonato Gaúcho e não acontece nada. Por exemplo a entrevista do Antônio Brum, ninguém fez nada, ele foi absolvido. Esse tipo de declaração está minando a competição”, disse.

Depois de todo este condicionamento da arbitragem, o presidente da FGF repudiou as reclamações e questionamentos sobre a idoneidade dos profissionais envolvidos.

“O que eu não posso concordar é quando a coisa parte para o lado de colocar em xeque a idoneidade, a responsabilidade, a seriedade e a honra daqueles que militam no meio do futebol. Tudo isso tem um limite”, afirmou.

“Sempre confiei, sempre acreditei muito no quadro de arbitragem do Rio Grande do Sul. Temos grandes árbitros aqui. Não é possível que a cada marcação de falta ou lateral se forme um ‘bolo’ em cima da arbitragem. Isso acontece só aqui no Brasil. Isso reflete na conduta da torcida. Uma hora é arbitragem, outra hora é o dirigente da entidade. Infelizmente, isso ainda faz parte do futebol brasileiro. Estamos em 2024, e esse tipo de conduta não deveria mais acontecer”, concluiu.

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